sábado, setembro 22, 2007
'Não sei quantas almas tenho'
Alguns destemidos aventureiros mergulham no misterioso conteúdo do Bau aí ao lado, e lá vou eu seguindo seus passos e os meus próprios. Além de trocentos erros de ortografia e atos terroristas destrambelhados na Gramática (perdoem a falta do Editor) encontra-se muita coisa interessante...
Necessário, talvez, o aviso, copiado de um livro:
Os personagens e as situações desta obra são reais apenas no universo da ficção; não se referem a pessoas e fatos concretos, e sobre eles não emitem opnião.
Cautela nunca é demais. Se eu mesmo me choco, rio, adoro e repudio o que está guardado aqui, imaginem um leitor desavisado, ou muito pior, enviesado.
Como disse Gabriel García 'Buendía' Márquez: "A vida não é aquela que uma pessoa viveu, mas a que ele recorda, e como a recorda, para contá-la".
Multiplique isso por um bocado de imaginação descontrolada, e o Mestre Fernando Pessoa conclui bem o assunto:
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti
Releio e digo: "Fui eu?"
Deus sabe, porque o escreveu.
Necessário, talvez, o aviso, copiado de um livro:
Os personagens e as situações desta obra são reais apenas no universo da ficção; não se referem a pessoas e fatos concretos, e sobre eles não emitem opnião.
Cautela nunca é demais. Se eu mesmo me choco, rio, adoro e repudio o que está guardado aqui, imaginem um leitor desavisado, ou muito pior, enviesado.
Como disse Gabriel García 'Buendía' Márquez: "A vida não é aquela que uma pessoa viveu, mas a que ele recorda, e como a recorda, para contá-la".
Multiplique isso por um bocado de imaginação descontrolada, e o Mestre Fernando Pessoa conclui bem o assunto:
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti
Releio e digo: "Fui eu?"
Deus sabe, porque o escreveu.