sábado, abril 10, 2004
Um virar de dentro para fora
Quanto mais vejo no espelho o rosto de um homem, mais me pergunto o que fazer com todos esses brinquedos.
Se fossem ainda simples objetos...
"Relembro de relance as mulheres que conheci. É como uma cadeia que eu tivesse forjado com minha própria miséria. Cada elo está preso ao outro. Um medo de permanecer separado, de permanecer nascido. A porta do útero está sempre destrancada. Medo e anseio. No fundo do sangue o puxão do Paraíso. O além. Sempre o além. Tudo precisa ter começado no umbigo. Cortam o cordão umbilical, dão-lhe um tapa na bunda e -pronto- você está aqui fora no mundo, desgovernado, um navio sem leme. Olha para as estrelas, e depois para seu umbigo. (...) Só o seu nome permanece."
Se fossem ainda simples objetos...
"Relembro de relance as mulheres que conheci. É como uma cadeia que eu tivesse forjado com minha própria miséria. Cada elo está preso ao outro. Um medo de permanecer separado, de permanecer nascido. A porta do útero está sempre destrancada. Medo e anseio. No fundo do sangue o puxão do Paraíso. O além. Sempre o além. Tudo precisa ter começado no umbigo. Cortam o cordão umbilical, dão-lhe um tapa na bunda e -pronto- você está aqui fora no mundo, desgovernado, um navio sem leme. Olha para as estrelas, e depois para seu umbigo. (...) Só o seu nome permanece."