segunda-feira, abril 19, 2004
Borda
Eu gosto de vir até aqui, e ficar parado bem no limite da fronteira.
Caminho de um lado para o outro, me equilibrando sobre a linha, tal como um cão patrulhando seu quintal.
Só que aqui, diferente do quintal, não há grade alguma. Na verdade não há nada, senão uma linha pontilhada imaginária pintada no chão. E as marcas de minhas pegadas, que sempre terminam no mesmo ponto.
Não há divisão nenhuma entre as terras, nenhum deserto ou oceano que ali se inicia. Nem mesmo um rio.
Apenas a mesma paisagem, contínua, que se estende intocada e bela até onde a imaginação alcança. Muito além desse horizonte.
Suspiro.
Sorrio.
Algum dia ainda conquisto isso tudo pra mim.
Num passo.
"Nós sempre vivemos à beira do precipício, Daniel. Para sobreviver, basta seguir as regras: segure-se pelas pontas dos dedos e nunca olhe para baixo."
Caminho de um lado para o outro, me equilibrando sobre a linha, tal como um cão patrulhando seu quintal.
Só que aqui, diferente do quintal, não há grade alguma. Na verdade não há nada, senão uma linha pontilhada imaginária pintada no chão. E as marcas de minhas pegadas, que sempre terminam no mesmo ponto.
Não há divisão nenhuma entre as terras, nenhum deserto ou oceano que ali se inicia. Nem mesmo um rio.
Apenas a mesma paisagem, contínua, que se estende intocada e bela até onde a imaginação alcança. Muito além desse horizonte.
Suspiro.
Sorrio.
Algum dia ainda conquisto isso tudo pra mim.
Num passo.
"Nós sempre vivemos à beira do precipício, Daniel. Para sobreviver, basta seguir as regras: segure-se pelas pontas dos dedos e nunca olhe para baixo."