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sexta-feira, fevereiro 20, 2004

Péssimo perdedor 

O mais do que famoso JC tinha o brilhante hábito de usar parábolas para pregar suas idéias. Eu, mesmo não querendo pregar nada, muito menos me comparar ao grande hippie, também vou recorrer a uma boa metáfora para falar de outra coisa. Como bom brasileiro, obviamente vou usar o futebol.

Perder, como a inveja, é uma merda. Claro, se não fosse a merda pra virar adubo, todos morríamos de fome. Ou então iamos explodir com tanto lixo dentro da gente. Mas perder não deixa de ser uma merda.

O que me irrita de verdade não é a derrota em si, mas o quase.

Se meu time, Solteiros de São Roque de Minas, vai jogar contra o Real Madri e toma uma goleada, beleza. Era mais que esperado, e até dá pra se divertir com a situação.

Fico muito puto quando a derrota é ridícula, feita no detalhe, na famosa gagada. O jogo poderia ser ganho, mas não foi. Perdi pelo menos dois gols na cara, livre, e ainda tenho que aguentar meu time sufocado no esquema tático mais previssível e tonto dos gramados; sem conseguir, nem por um momento, sair dele.

Nos remoendo, minha raiva e eu, cada detalhe da partida se repete na minha cabeça. Aquela bola na trave, aquela finalização que era pra ser simples, mas no instante que você tocou na bola, de canela, torto, já sabia que tinha errado - e isolado. Um instante que se você pudesse fazer de novo, a história da partida seria outra. Se pudesse voltar naquela jogada...

Mesmo jogando bem, e com todas as possibilidades e méritos de vencer, perdi.

Resta engolir a raiva, sair de campo com a cabeça baixa, abraçar seus companheiros, e se preparar para o próximo jogo. O campeonato está longe de acabar.

E nos encontraremos no jogo de volta.

"Se eu fosse o Pelé tomava café
Se eu fosse o Tostão tirava o calção
Se eu fosse o Dario pulava no rio
Se eu fosse o Garrincha não pulava não"

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