quarta-feira, dezembro 10, 2003
Em mim
Dia geral de faxina.
Procurava em meu porão lembranças que poderiam ajudar uma amiga. No meio de toda bagunça e bolor, encontrei um velho e-mail amarelado - ironicamente enviado dia primeiro de abril - que resolvi por pra fora. Já não faz mais sentido ficar guardado.
O tempo é um santo remédio, não é?
Além do que, diabos, eu gostei do que escrevi...
"Tem a ver com tudo, com o que somos, fomos, seremos. Meus fantasmas,
minhas lembranças, nosso hoje, nossa semana passada. Estou mandando o q anda
em mim.
Sinto vc do outro lado do meu coração partido,
nos pedaços de espelhos de meus sonhos.
Não sinto vc no enorme buraco em minha alma,
em minha vida,
em tudo.
Penso em vc na solidão de nossa eterna despedida,
na esperança de um até logo, até breve, logo mais.
Choro por não ser hoje o nosso agora,
a felicidade que teimou em ir pra outros lados
Vejo vc em cada sorriso bonito de um rosto qualquer,
nos olhos mais lindos que já sorriram pra mim
no por-do-sol no Arpoador
foi um Rio que passou em minha vida.
Cheiro vc em uma casa que hoje não é de ninguém,
onde vc está por todos os cantos,
rindo, marcada de biquini
vinda da praia
Enlouqueço com vc nesse amor que não acabou,
na minha briga com meu coração mutante:
'ela é minha menina,
e eu sou o menino dela.'
Ouço vc no manestrel brasileiro,
que vc me libertou para ouvir
nossa trilha sonora,
no samba de pé da minha neguinha,
linda, linda.
Aperto vc no ninar em meu peito
naquele nosso encaixe, perfeito
na nossa paz,
no seu controle perdido num carro,
numa sala, num quarto. Em mim.
Perco vc, minha melhor amiga,
cumplice, confidente
the same old fears,
wish you were here.
Amo vc.
sempre,
ainda,
Amo vc.
Aquele nosso beijo;
Rafa."
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você
Procurava em meu porão lembranças que poderiam ajudar uma amiga. No meio de toda bagunça e bolor, encontrei um velho e-mail amarelado - ironicamente enviado dia primeiro de abril - que resolvi por pra fora. Já não faz mais sentido ficar guardado.
O tempo é um santo remédio, não é?
Além do que, diabos, eu gostei do que escrevi...
"Tem a ver com tudo, com o que somos, fomos, seremos. Meus fantasmas,
minhas lembranças, nosso hoje, nossa semana passada. Estou mandando o q anda
em mim.
Sinto vc do outro lado do meu coração partido,
nos pedaços de espelhos de meus sonhos.
Não sinto vc no enorme buraco em minha alma,
em minha vida,
em tudo.
Penso em vc na solidão de nossa eterna despedida,
na esperança de um até logo, até breve, logo mais.
Choro por não ser hoje o nosso agora,
a felicidade que teimou em ir pra outros lados
Vejo vc em cada sorriso bonito de um rosto qualquer,
nos olhos mais lindos que já sorriram pra mim
no por-do-sol no Arpoador
foi um Rio que passou em minha vida.
Cheiro vc em uma casa que hoje não é de ninguém,
onde vc está por todos os cantos,
rindo, marcada de biquini
vinda da praia
Enlouqueço com vc nesse amor que não acabou,
na minha briga com meu coração mutante:
'ela é minha menina,
e eu sou o menino dela.'
Ouço vc no manestrel brasileiro,
que vc me libertou para ouvir
nossa trilha sonora,
no samba de pé da minha neguinha,
linda, linda.
Aperto vc no ninar em meu peito
naquele nosso encaixe, perfeito
na nossa paz,
no seu controle perdido num carro,
numa sala, num quarto. Em mim.
Perco vc, minha melhor amiga,
cumplice, confidente
the same old fears,
wish you were here.
Amo vc.
sempre,
ainda,
Amo vc.
Aquele nosso beijo;
Rafa."
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você