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quarta-feira, maio 26, 2004

Além do nosso umbigo 

Caminhava, puto, pela rua. Suas mãos congelavam de frio, a mochila superlotada pesava nas costas, os compromissos do dia tinham ido para o espaço. Maldito inverno que escurece às seis da tarde.

Passara horas intermináveis envolto com mecânicos, guincho e oficina. Carros não deveriam quebrar assim e te deixar no meio da rua, impotente e idiota. Isso porque dois dias antes o pneu tinha furado. Dá até pra entender gente que benze o automóvel...

Nisso uma menina mirrada, de mais ou menos 9 anos, se aproxima - dessas milhares que pedem dinheiro ou vendem porcaria nos faróis da cidade:

"E aí, vamos transar? A gente tira a roupa e eu rebolo para você na cama."

Engoliu, como bile, o pensamento que vida de pedestre é uma merda.


"Tornar a ser seu próprio ideal, como na infância (...) - isso é o que as pessoas esforçam por atingir como sendo sua felicidade."


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